sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CACHORROS NÃO PASSAM FOME...

Segundo o site http://www.webanimal.com.br/  quando seu cachorro apresenta algum problema para comer, deve-se fazer o seguinte:

Coloque no prato de ração e deixe por 20 minutos. Se ele não comer, apenas tire, sem falar nada, e só devolva na próxima refeição. O cachorro é um animal de caça, com organismo preparado para ficar até uma semana sem comer. Dificilmente ele vai passar o segundo dia sem comida, mas tem que ser consciente. Ele tem que ficar com fome mesmo. Mas sem abusos.

Mas tem alguns que não passam fome MESMO!

Quem assistiu ou leu o livro Marley & Eu, deve lembrar do episódio, onde Marley engoliu um jóia com um pingente. Você deve ter achado graça, quando depois de 03 dias a jóia foi "encontrada" sem maiores problemas. Ruim, é quando o cão muda o cardápio e passa a preferir coisas maiores e/ou perigosas. Em alguns casos, o objeto é somente retirado com cirurgia.

Vejam algumas coisas que foram encontradas dentro de alguns peludos...

 Pedras
 Agulha
 Moeda
 Moedas
 Anel de diamante
 Brinco
 Engrenagem de brinquedo
 Jóias
 Faca de cozinha
 Faca de cortar pão
 Lápis
 Pato de borracha
Alfinete de fralda 

Tome cuidado com o que se deixa pelo chão, quando se tem um cachorro. As vezes, um sapato roído, pode ser um simples prejuízo, mas há casos onde a vida de seu cão corre perigo.
Fique de olho!

Abraços, Renan.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

NICK VEASEY: O INTERIOR SE TORNA O EXTERIOR


Publicado no mês passado por Goodman Books, Nick Veasey do livro intitulado X-Ray: See Through the World Around You é provavelmente o mais espetacular trabalho feito de Raio-X de arte que o mundo viu visto até agora. Por um pouco mais de US $ 50 no site da Amazon você pode desfrutar a beleza de um pé feminino em um salto alto, uma cadeira elétrica, mãos digitando em um laptop e outros trabalhos desse artista britânico, tão original.

Segundo o Daily Mail Veasey, que usa uma estação de radar convertido em Kent por um estúdio, ele passa raios-x através dos objetos que estão sendo fotografados criando uma película especial as imagens, e usando um scanner 13 para transformá-los em arquivo digital.

 

Conforme na introdução de seu livro diz, Nick “Nada me dá mais prazer do que revelar a beleza interior de um objeto normalmente invisível. O invisível pode ser visto, tal como seus elementos internos. E o trabalho revela o interior que se torna exterior”.    

Usando fotos de animais como a do peixe acima ou a do cão abaixo, o trabalho de Veasey é fascinante. “Quando vemos um raio-x do corpo humano”, diz Veasey em seu site “, reagimos a essa imagem com as associações médicas.  Animais vistos em raios-x no entanto, tem uma beleza brutal”.

Veasey também faz imagens personalizadas  em raios-x para vários clientes comerciais, marcas líderes mundiais que já percebem as qualidades visuais surpreendentes de sua obra. 

Um dos mais famosos, conhecidos por todos os designers gráficos de todo o mundo, são as imagens glower utilizados nas embalagens Adobe Suite CS2.

Outro exemplo é esse trabalho, feito para a Adidas, que revela um sensor dentro da sola de um tênis.




 
Renan.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A DESCOBERTA DO RAIO X

Raios X

Em 8 de novembro de 1895, um físico alemão chamado Wilhelm Röentgen fez uma grande descoberta enquanto fazia uma experiência com feixes de elétrons em um tubo de descarga de gás. Ele descobriu os raios X.

Os raios X são emissões eletromagnéticas de natureza semelhante à luz visível. Seu comprimento de onda vai de 0,05 ângström (5 pm) até centenas de angströns (1 nm).
O espectro de comprimentos de onda utilizável correspondente a aproximadamente entre 1 nm a 5 picômetros. A energia dos fótons é de ordem do keV (kilo elétron-volt), entre alguns keV e algumas centenas de keV. A geração desta energia eletromagnética se deve à transição de elétrons nos átomos, ou da desaceleração de partículas carregadas.

Como toda energia eletromagnética de natureza ondulatória, os raios X sofrem interferência, polarização, refração, difração, reflexão, entre outros efeitos. Embora de comprimento de onda muito menor, sua natureza eletromagnética é idêntica à da luz.



Raio X
Ciclos por segundo: 300 PHz a 60 EHz
Comprimento de onda: 1 nm a 5 pm

 

HISTÓRIA

Tubo de Crookes

Em uma ampola de vidro, William Crookes submeteu um gás a pressão ambiente e a altas tensões, por meio de duas placas metálicas localizadas no fundo e na frente da ampola, cada qual carregada com cargas diferentes. Quando a diferença de potencial entre as placas era suficientemente grande, os elétrons saiam do cátodo (placa carregada negativamente), colidiam com moléculas do gás, ocorrendo: a sua ionização e/ou liberação de luz devido às transições eletrônicas dos átomos do gás, iluminando assim, toda a ampola. A partir desses experimentos, Joseph John Thomson observou que tal fenômeno é independente do gás e do metal utilizado nos eletrodos (placas metálicas). Concluiu, então, que os raios catódicos podem ser gerados a partir de qualquer elemento químico. Devido à essa conclusão, Thomson pôde, posteriormente, atestar a existência do elétron.

Muitos cientistas na Europa começaram a estudar esse tipo de radiação. Entre eles, o maior especialista em raios catódicos da Alemanha, Philipp Lenard (1862-1947).

A descoberta

Hand mit Ringen: chapa do primeiro raio X "médico" de Wilhelm Röntgen's first "medical" referente a mão de sua esposa, retira em 22 de dezembro de 1895 e apresentada ao Professor Ludwig Zehnder do Physik Institut, Universidade de Freiburg, em 1 de janeiro de 1896.

Foi o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) quem detectou pela primeira vez os Raios X (sendo assim chamados devido ao desconhecimento, por parte da comunidade científica da época, a respeito da natureza dessa radiação), além de ter sido o primeiro a fazer uma radiografia (diga-se de passagem - da mão de sua esposa). Isto ocorreu quando Röentgen estudava o fenômeno da luminescência produzida por raios catódicos num tubo de Crookes. Todo o aparato foi envolvido por uma caixa com um filme negro em seu interior e guardado numa câmara escura. Próximo à caixa, havia um pedaço de papel recoberto de platinocianeto de bário.


Röentgen percebeu que quando fornecia
O resultado foi uma foto que revelou a estrutura óssea interna da mão humana. Essa foi a primeira chapa de raios X, nome dado pelo cientista à sua descoberta em 8 de novembro de 1895. Posteriormente à descoberta do novo tipo de radiação, cientistas perceberam que esta causava vermelhidão da pele, ulcerações e empolamento para quem se expusesse sem nenhum tipo de proteção. Em casos mais graves, poderia causar sérias lesões cancerígenas, necrose e leucemia, e então à morte.

Partícula ou onda

Logo que os raios X foram descobertos, pouco se sabia a respeito da sua constituição. No início do século XX foram encontradas evidências experimentais de que o raio X seria uma partícula. No entanto, e para a surpresa da comunidade científica, Walther Friedrich e Paul Knipping realizam um experimento em 1912, no qual conseguiram fazer um feixe de raios X atravessar um cristal, produzindo interferência da mesma forma que acontece com a luz. Isto fez com que os raios X passassem a ser considerados como ondas eletromagnéticas. Por volta de 1920 foram realizados outros experimentos, que apontavam para um comportamento corpuscular dos raios X.

O físico Louis de Broglie tentou resolver este aparente conflito no comportamento dos raios X. Combinando as equações de Planck e de Einstein (E=h.ν=m.c²), chegou a conclusão de que "tudo o que é dotado de energia vibra, e há uma onda associada a qualquer coisa que tenha massa".

Produção

O dispositivo que gera Raios X é chamado de tubo de Coolidge. Da mesma forma que uma válvula termiônica, este componente é um tubo oco e evacuado, ainda possui um catodo incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa.

O ânodo é confeccionado em tungstênio. A razão deste tipo de construção é a geração de calor pelo processo de criação dos raios X. O tungstênio suporta temperaturas que vão até 3340 °C. Além disso possui um razoável valor de número atômico (74) o que é útil para o fornecimento de átomos para colisão com os elétrons vindos do catodo (filamento). Para não fundir, o dispositivo necessita de resfriamento através da inserção do tungstênio em um bloco de cobre que se estende até o exterior do tubo de raios-X que está imerso em óleo. Esta descrição refere-se ao tubo de anodo fixo.

Ao serem acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo; ao atingi-lo, são bruscamente freados, perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. O resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele.

A brusca desaceleração de uma carga eletrônica gera a emissão de um pulso de radiação eletromagnética. A este efeito dá-se o nome de Bremsstrahlung, que significa radiação de freio.

As formas de colisão do feixe eletrônico no alvo dão-se em diferentes níveis energéticos devido às variações das colisões ocorridas. Como existem várias formas possíveis de colisão devido à angulação de trajetória, o elétron não chega a perder a totalidade da energia adquirida num único choque, ocorrendo então a geração de um amplo espectro de radiação cuja gama de freqüências é bastante larga, ou com diversos comprimentos de onda. Estes dependem da energia inicial do feixe eletrônico incidente, e é por isso que existe a necessidade de milhares de volts de potencial de aceleração para a produção dos Raios X.

Detecção

A detecção dos raios X pode ser feita de diversas maneiras, a principal é a impressão de chapas fotográficas que permite o uso medicinal e industrial através das radiografias. Outras formas de detecção são pelo aquecimento de elementos a base de chumbo, que geram imagens termográficas, o aquecimento de lâminas de chumbo para medir sua intensidade, além de elementos que possuem gases em seu interior à exemplo da válvula Geiger-Müller utilizada para a detecção de radiação ionizante e radiação não ionizante. Podendo ainda ser difratado através de um cristal e dividido em diversos espectros de onda. Sensores (Foto transistores ou foto diodos) captam uma ou algumas faixas de espectro, e são amplificados e digitalizados, formando imagens. Esse último processo (difração de raios-x, por cristais) é comumente utilizado em equipamentos de inspeção de bagagens e cargas.

Medicina

Na medicina os raios X são utilizados nas análises das condições dos órgãos internos, pesquisas de fraturas, tratamento de tumores, câncer (ou cancro), doenças ósseas, etc.

Com finalidades terapêuticas os raios X são utilizados com uma irradiação aproximada de cinco mil a sete mil Rads, sobre pequenas áreas do corpo, por pequeno período de tempo.

No Brasil, os raios X do pulmão para fins diagnósticos de tuberculose pulmonar são chamados de abreugrafia, que se trata de uma incidência sobre uma pequena área do pulmão.

Exposição

A tolerância do organismo humano à exposição aos raios X é de 0,1 röntgen por dia no máximo em toda a superfície corpórea. A radiação de um röntgen produz em 1,938x10 3 gramas de ar, a liberação por ionização, de uma carga elétrica de 3,33x10 3C.

Efeitos somáticos da radiação

No ser humano a exposição continua aos raios X podem causar vermelhidão da pele, queimaduras por raios x ou em casos mais graves de exposição, mutações do DNA, morte das células e/ou leucemia.

Pesquisa de materiais

Na indústria, os raios X são utilizados no exame de fraturas de peças, condições de fundição, além de outros empregos correlatos. Nos laboratórios de análises físico químicas os Raios X tem largo espectro de utilização.

Natureza eletromagnética

Os raios X propagam-se à velocidade da luz, e como qualquer radiação eletromagnética estão sujeitos aos fenômenos de refração, difração, reflexão, polarização, interferência e atenuação. Sua penetrância nos materiais é relevante, pois todas as substâncias são transparentes aos Raios X em maior ou menor grau.

Em algumas substâncias como compostos de cálcio e platinocianeto de bário, os raios X geram luminescência. Esta radiação ioniza os gases por onde passa. A exemplo da luz visível, não é desviado pela ação de campos elétricos ou magnéticos. Desloca-se em linha reta, sensibiliza filmes fotográficos, além de descarregar os objetos carregados eletricamente, qualquer que seja a polaridade (sendo uma característica não totalmente confirmada a de descarregar eletricamente os objetos).

Interação com a matéria

Quando os raios X atingem a matéria, assim como o tecido do paciente, os fótons têm quatro possíveis destinos. Os fótons podem ser:
  • Completamente espalhados sem perda de energia.
  • Absorvidos com perda total de energia.
  • Espalhados com alguma absorção e com perda de energia.
  • Transposotos sem qualquer alteração.

Definições dos termos

  • Espalhamento - mudança de direção de um fóton com ou sem perda de energia.
  • Absorção - deposição de energia, ou seja, remoção de energia do feixe.
  • Atenuação - redução da intensidade do feixe principal causada pela absorção e espalhamento.
  • Ionização - remoção de um elétron de um átomo neutro produzindo um íon negativo (o elétron + outro átomo neutro) e um íon positivo (o átomo remanescente).

Interações dos raios X em Nível Atômico

Existem quatro principais interações em nível atômico, dependendo da energia do fóton incidente:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Abraços, Renan.